“Caía a tarde feito um viaduto, e um bêbado trajando luto me lembrou Carlitos”, para quem não sabe (algo bem difícil) essa música se chama “O Bêbado e A Equilibrista”, imortalizada na voz de Elis Regina. Toda vez que ouço sua melodia, sua letra, parece que é a primeira vez que estou encontrando esse clássico. Toca fundo em meu coração e me mareja as vistas. Ás vezes me sinto pai de Carlito, o próprio bêbado, o irmão do Henfil, as Marias e Clarices, a dor pungente e a esperança na corda-bamba, e na maior parte delas em sinto o meu país!
Esta canção faz parte da trilha sonora da minissérie brasileira “Queridos Amigos” de Maria Adelaide Amaral (“A Muralha”, “Um Só Coração”, “JK”), baseada num livro de sua autoria denominado “Aos Meus Amigos” e com a direção de Denise Saraceni (“Da Cor do Pecado”, “Belíssima”). Para mim só isso bastava para não perder um capítulo sequer. Porém o choque foi bem maior. Se em determinados momentos sentia o meu ego brasileiro aguçado ao ouvir essa canção, quando comecei a acompanhar “Queridos Amigos” me emocionei tato quanto ou mais. Pude encontrar naquela minissérie muitos outros pedaços de Brasil. O Brasil que me encanta e que não se entrega a qualquer moda de “Créu”.
A história se passa no final dos anos 1980 (década das trevas) onde tínhamos uma pátria em fase de abertura, cheia de incertezas e medos. Seus personagens viveram o período mais negro de nossa história e levaram um pouco dela para suas vidas. Assim, cada drama não é simplesmente um drama individual e suicida, é um drama do nosso Brasil.
No tabuleiro desta feira tem o pacificador (que objetiva unir a todos afim de uma convivência harmoniosa), tem a desesperança, a ironia e o pessimismo, a traição, a dor, a cumplicidade, o abandono, a mágoa, a ideologia, o medo, a falta de criatividade, o rancor... Ingredientes de uma sociedade em seus trancos e barrancos. Entender esses lados e recuperar o que há de bom neles é a verdadeira missão desse novo Brasil e trazer assim de volta a esperança no olhar de cada um.
“Queridos Amigos” vai além de uma simples estória de amizade ela nos une ao que de melhor nosso Brasil pode dar. Tanto em safra de talentos (um elenco brilhante hehhehe) quanto em patriotismo.
Vale conferir!
Esta canção faz parte da trilha sonora da minissérie brasileira “Queridos Amigos” de Maria Adelaide Amaral (“A Muralha”, “Um Só Coração”, “JK”), baseada num livro de sua autoria denominado “Aos Meus Amigos” e com a direção de Denise Saraceni (“Da Cor do Pecado”, “Belíssima”). Para mim só isso bastava para não perder um capítulo sequer. Porém o choque foi bem maior. Se em determinados momentos sentia o meu ego brasileiro aguçado ao ouvir essa canção, quando comecei a acompanhar “Queridos Amigos” me emocionei tato quanto ou mais. Pude encontrar naquela minissérie muitos outros pedaços de Brasil. O Brasil que me encanta e que não se entrega a qualquer moda de “Créu”.
A história se passa no final dos anos 1980 (década das trevas) onde tínhamos uma pátria em fase de abertura, cheia de incertezas e medos. Seus personagens viveram o período mais negro de nossa história e levaram um pouco dela para suas vidas. Assim, cada drama não é simplesmente um drama individual e suicida, é um drama do nosso Brasil.
No tabuleiro desta feira tem o pacificador (que objetiva unir a todos afim de uma convivência harmoniosa), tem a desesperança, a ironia e o pessimismo, a traição, a dor, a cumplicidade, o abandono, a mágoa, a ideologia, o medo, a falta de criatividade, o rancor... Ingredientes de uma sociedade em seus trancos e barrancos. Entender esses lados e recuperar o que há de bom neles é a verdadeira missão desse novo Brasil e trazer assim de volta a esperança no olhar de cada um.
“Queridos Amigos” vai além de uma simples estória de amizade ela nos une ao que de melhor nosso Brasil pode dar. Tanto em safra de talentos (um elenco brilhante hehhehe) quanto em patriotismo.
Vale conferir!
Foto (site G1)
Um comentário:
Concordo com o que vc diz, mas o que me encanta nesta mini-série não é a presença de aspectos da nosssa história (não que isso não seja importante, o passado é importante porque, como diria T. S. Eliot, ele nos garante o nosso próprio endereço no tempo); mas sim trazer à tona a importância dos laços de amizade numa época em que estamos preocupados demais com o nosso próprio umbigo para sabermos o quão preciosa é a palavra, a presença/ausência de um amigo. Ver esta mini-série ou ler o livro, como estou fazendo, pois tenho mais tempo pra ler do que pra ver tv, me traz a nostalgia dos amigos distantes, seja porque morrem, seja porque, mesmo vivos, estão/estamos preocupados com nossa vida cotidiana e tributável, que não nos sobra mais tempo das os risos, as brincadeiras, as caras feias do tempo da infância, da adolescência, da escola ou da faculdades, época em que tudo tinha para nós um gosto de eterno e de sempre.
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